domingo, 8 de janeiro de 2017

Um Momento Para Refletir.


Nosso país está passando por momentos perigosos, de tempos estranhos e de caminhos tortuosos.  Acompanhei os noticiários do rádio e televisão que constantemente noticiaram estes bárbaros acontecimentos e minha esposa e eu temos constantemente discutido sobre estas questões que também nos tem angustiado. Lembro-me da Lei de Talião, do latim Lex Talionis, lei esta que consiste na justa reciprocidade do crime e da pena, ou seja, estipula que para um olho só deve-se pleitear um olho em contrapartida, e não mais que isso. Mas será que é este o sentido da pena? É este o sentido de se fazer justiça? O homem que tivesse seu filho assassinado “ganharia” o direito de matar o filho do assassino? E onde se encaixaria o perdão e a justiça? Uma das grandes falhas da era da Lei de Talião foi dar à palavra justiça um sentido restrito e precário. Com o decorrer do tempo, verificou-se que ela deixava algo a desejar. Não satisfazia ao ser humano por si só e nem à comunidade em que estava inserido. Como cidadãos de um mundo cujas transformações sociais acontecem de forma tão rápida, sabemos que justiça está muito além do “olho por olho, dente por dente”. Qual seria, então, a alternativa? É aí que a compreensão do que é perdão torna-se importante. Até se desvincular da era Lei de Talião o homem precisou rever conceitos internos e sociais. Um deles era exatamente compreender e exercer o perdão. Perdoar não é esquecer ou deixar esquecido. “Perdoar é lembrar sem mágoa. ECN”. É ser liberto da dor e da perda e buscar a compreensão do que é “ser humano”. Um dos mais relevantes entendimentos sobre perdão é a conscientização de que todo homem é suscetível de erros e acertos e, como consequência, o mesmo foi buscar uma RESPONSABILIZAÇÃO, e não uma punição como visava a Lei de Talião, para seus atos de forma tal que pudesse RESGATAR qualquer indivíduo ao CONVÍVIO SOCIAL. Não sei corretamente, e creio que ninguém possa definir exatamente, o que seja justiça. Mas, assim como a liberdade, “é uma palavra que o sonho humano alimenta, que não há ninguém que explique e ninguém que não entenda.”, Cecília Meireles. Temos um ideal de justiça, e este ideal ajudará o exercício de perdão. Perdão a si mesmo e ao outro para mudar o olhar e transformar a PENA/PUNIÇÃO para a PENA/SANÇÃO.

Nossa civilização desenvolveu uma sociedade respaldada no capitalismo, no qual a população gera um ciclo interminável de descarte, incluindo ai o descarte do ser humano, onde tudo acaba se inutilizando em pouco tempo. Os VALORES e TENDÊNCIAS são cada vez mais EFÊMEROS e a sociedade atual compra e se livra de suas “tralhas”, cada vez mais rápido. No mundo onde hoje habitam 7 bilhões de pessoas, o futuro pode estar fadado ao lixo e a poluição. Nessa perspectiva, para suprir as preferências de consumo, o ser humano acaba por interferir com agressividade no meio ambiente, no convívio social e na relação humana interpessoal. A “ânsia de TER” superou à “ânsia de SER”, os níveis de desestruturação familiar são altos e a perda de valores geradores da convivência pacífica em sociedade é alarmante, provocando, desta forma, consequências que podem motivar uma pessoa a cometer crimes, a ter conflito familiar, gravidez precoce, abortos, violações e elevados índices de criminalidade infantil. Por IMPOSIÇÃO do EGOÍSMO, a sociedade caminha aos passos largos e sem disfarçar contra a unidade familiar, a vida, a verdade, a integridade, a paz, a justiça, a honestidade e o amor. Em um tempo no passado a SOCIEDADE BRASILEIRA falhou com aqueles que ocupam o Sistema Carcerário Brasileiro. Dizer que a responsabilidade é dos governos, é se autodeclarar corresponsável por ter eleito pessoas sem capacidade administrativa e estratégica. As mazelas sociais existentes no Brasil, como o não acesso à educação, à saúde, à alimentação, aos bens culturais e à falta de condições dignas de habitação é uma realidade na sociedade brasileira. A desigualdade, fruto de injustiças sociais, de políticas públicas irresponsáveis e do INDIVIDUALISMO, produz o cenário insustentável da sociedade. O estado não garante e nem atende as necessidades fundamentais do cidadão, enquanto o cidadão não se SENTE RESPONSÁVEL pelo DESTINO da sociedade a que pertence. A necessidade do envolvimento dos jovens no resgate de valores CÍVICOS e MORAIS para alterar o atual quadro negativo, visando facilitar o processo de desenvolvimento do país de forma harmoniosa e com espírito de humanismo e amor ao próximo se faz urgente. A reestruturação da família e seus valores é um caminho a ser trilhado com insistência. O papel do cidadão é o mais importante de todos, pois é o conjunto de cidadãos que deve escolher o tipo de sociedade em que pretende viver, determinando os papéis das suas principais instituições e agentes. O cidadão deve ser INFORMADO, ATIVO, EXIGENTE e PARTICIPATIVO. Cada cidadão deve procurar ter uma opinião fundamentada da forma como a sociedade está organizada e procurar dar a sua contribuição para a construção de uma nova sociedade, que vá para além da sua própria atividade profissional, participando portanto, também em projetos coletivos. Deve ser exigente quanto ao papel do Estado e compreender que só tem a ganhar com um Estado forte e independente, menos asfixiante em suas taxas e tributos e mais subsidiário, com melhor qualidade de serviço e mais eficiente. Deve ter a consciência plena de que os custos pelos desperdícios da incompetência do Estado também são seus. O cidadão deve ainda querer que a sociedade seja uma sociedade de oportunidades, mais aberta e flexível, para seu benefício próprio e dos seus descendentes. O cidadão terá necessariamente que assumir os seus deveres, desde os deveres fiscais até aos deveres de preservação de uma concorrência saudável de mercado e negócios, passando pelos deveres já referidos de participação democrática. Tem cada vez mais que se responsabilizar por si próprio, pela sua formação e desenvolvimento de competências, por todos os atos e atitudes que vai tomando ao longo da vida. O cidadão não pode estar à espera do Estado, ou de uma qualquer outra organização, para resolver os seus problemas ou para ver correspondidos todos os seus desejos. De tudo isso não se pode ocultar os que defendem uma sociedade individualista e egoísta em que cada um tem se que “safar” por si próprio.
É ao contrário.
É o respeito que a sociedade e o coletivo deve merecer que implica que cada um procure não ser um ônus para a sociedade, mas antes dê uma contribuição ativa para a sua dinâmica, na sua criação de valor e qualidade, de forma que mais riqueza, material e moral, possa ser criada em benefício de todos. Só assim será possível garantir a existência na sociedade dos recursos e das atividades necessárias para providenciar seletivamente uma vida condigna a todos aqueles que objetivamente não a conseguiram alcançar pelos seus próprios meios. É o respeito que cada cidadão merece no que implica, que a sociedade não pode tratá-lo como um mero número e desqualificá-lo, mas antes desenvolvê-lo, torná-lo independente, e nele apostar e acreditar. Temos que ser uma sociedade que valoriza e responsabiliza o cidadão, que garante o princípio da igualdade de oportunidades de ascensão numa educação de base de qualidade para todos, que está presente solidariamente sempre que tal for realmente necessário, sabendo criar oportunidades para os cidadãos, por forma a que estes se realizem pessoal e profissionalmente. É esta nova sociedade que os cidadãos devem exigir e para a qual devem contribuir através do seu próprio papel.

“QUAL SERÁ SEU LEGADO SOCIAL PARA SEUS DESCENTES?”

quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

Pão de Frigideira - Frying Pan Bread


Ingredientes                                                                                   
Ingredients

1 kg de farinha de trigo
1 kg of wheat flour

2 colheres de sopa de banha
2 tablespoons lard

3 colheres de café de orégano seco
3 teaspoons dried oregano

2 colheres de sopa de queijo parmesão
2 tablespoons parmesan cheese

10 gramas de fermento biológico
10 grams of biological yeast

2 1/2 xícara de chá de agua morna
2 1/2 tea cups lukewarm water

80 gramas de açúcar
80 grams of sugar

20 gramas de sal
20 grams of Salt



Modo de Preparo
Method of preparation

Coloque a farinha de trigo numa tigela misture o sal, queijo, orégano, fermento e o sal, mexa até que esteja tudo bem misturado.
Put the wheat flour in a bowl and mix the salt, cheese, oregano, yeast and salt, stir until all is well mixed.

Acrescente a água morna e a banha.
Add lukewarm water and lard.

Sove a massa por 5 a 10 minutos até ficar bem macia.
Knead the dough, for 5 to 10 minutes, until it is smooth and soft.

Coloque a massa em uma bacia e deixe descansar até que a massa dobre de tamanho.
Put the dough into a bowl and let it rest until the dough doubles in size.

Enrole a massa em formato cilíndrico e corte em 8 pedaços.
Roll the dough into a cylindrical shape and cut into 8 pieces.

Com a ajuda de um rolo de macarrão, amasse essas massinhas deixando-as em formato de discos de 20cm ou 25cm mais ou menos.
With the help of a roll of pasta, knead these doughs leaving them in the shape of disks of 20cm or 25cm or so.

Numa boa frigideira antiaderente untada com um pouquinho de banha, frite esses discos por cerca de 3 minutos cada lado ou até que fique bem moreninho, sem esquecer de furar a massa com um garfo para não criar bolhas.
In a good non-stick frying pan greased with a little lard, fry these disks for about 3 minutes each side or until it is well browned, not forgetting to make holes the dough with a fork to avoid creating bubbles.

Depois de pronto você pode recheá-lo como quiser, presunto, queijo, mortadela, requeijão ou o que preferir.
Once ready you can stuff it as you wish, ham, cheese, bologna, curd cheese or whatever you prefer.


ECN