domingo, 11 de outubro de 2015

Pão de Resíduo de Soja





Simplesmente maravilhosa, super macia e saborosa! A massa é bem fácil de trabalhar, só seguir as instruções que não tem erro. Vá adicionando a farinha aos poucos até que que solte das mãos, depois é só sovar bem. Quentinho com margarina é uma ótima ideia para o café da manhã ou lanche da tarde! 

* a xícara usada foi de 200ml

Ingredientes:
Fermento:
- 3 colheres (sopa) de fermento de pão ou um pacotinho de fermento biológico (usei 10g do fermento seco para pão)
- 3 colheres (sopa) de açúcar
- 1 xícara (chá) de água morna

Massa:
- 1/4 de xícara (chá) de óleo de soja
- 2 ovos
- 3 colheres (sopa) de açúcar
- 1 colher (sopa) rasa de sal
- 2 xícaras (chá) de resíduo de soja
- mais ou menos 5 xícaras (chá) de farinha de trigo comum

Modo de preparo:
Fermento:
Em um recipiente (bacia), dissolver o fermento com água e adicionar os demais ingredientes. Cobrir com plástico e, deixar em repouso para crescer, por 15 minutos.

Massa:
Misturar ao fermento o resíduo, o açúcar e o óleo. Adicionar aos poucos, a farinha de trigo, trabalhando a massa até que os ingredientes se unam e a massa se desprenda dos dedos. Sovar bem na mesa até ficar uma massa macia. Moldar os pães no formato desejado, dispôr em formas untadas e polvilhadas com farinha de trigo, deixar crescer por uma hora e, assar por 30 minutos em forno preaquecido em 180º Celsius.

Este é o resíduo de soja, okará! 

terça-feira, 6 de outubro de 2015

A formula to be happy.


Philosophy has an ancient formula, which serves to anecdote in philosophy, for happiness.
It is a formula!
Happiness = Reality / Expectations
H = R / E

Happiness is an intense vibration, where you feel exuberant vitality, but this vibration is not a continuous state. Happiness is not a permanent thing, by the way, happiness are moments occurring episode that we felt life take us to the fullest. Feel happy is not to be euphoric, people have sought happiness in euphoric states through consumer products or drugs, and euphoria is not happiness. If happiness is not simple, if it is adorned excessively, and inflated with things unnecessary in itself, this happy state of feeling is nothing beyond precipitation situations. Simplicity is the simple, simple is not spoony. There are people who think that happiness is the possession of material goods, as it in fact, produces a happiness that is very shallow, so it is very momentary, it's very episodic and fast. There person enters into an obsessive process of imagining that this worship of the consumption, the continued possession of thing, is what will make her happy. And the leaves, rather, in a very strong state of anxiety. Happiness in life comes from what is essential, the essential thing is friendship, loyalty, fraternity, sexuality, religion ... etc. Many people confuse the essential with the fundamental. The fundamental is what helps me achieve the essential, for example, money is not essential, money is fundamental; without it I have problems, but it itself does not congratulates me. Because people do not buy sexuality, people buy sex. People do not buy friends, people buy interest. People do not buy loyalty, people buy reciprocity. Therefore it is not that the money is contemptible, is that it itself is not enough. From this point of view, almost all of the mistakes is when we seek happiness in what is secondary, rather than seeking their primary source which gives us, in fact, the authenticity. 

domingo, 26 de abril de 2015

Deixe-me viver!

Deixe-me viver!


Uma mãe põem um filho no mundo, cuidando para que possa crescer
Mas na rua um homem de farta espanca, humilha e mata
E não deixar viver
Olha para estes olhos rasos d'água
Pedindo
Deixe-me viver!
Olha!
Homem de farda!
Não me espanque
Não me humilhe
Deixe-me viver
Seu olhar que grita por amor
Em um mundo doente
Surdez?
Ele somente pede a ti
Homem de farda
Não me oprima
Deixe-me viver!

eu

quinta-feira, 19 de março de 2015

Veja 10 tecnologias emergentes que 'mudarão o mundo'.


Quais tecnologias emergentes tem o maior potencial de mudar o mundo? O Fórum Econômico Mundial, que reúne anualmente 18 especialistas para responder a esta questão, listou 10 inovações que podem mudar nossas vidas, transformar indústrias e proteger o planeta. "Ao fazer isso, buscamos chamar atenção para estas tecnologias e preencher as lacunas de investimentos, regulamentação e compreensão pública, que muitas vezes são barreiras para o progresso", afirma o fórum.

A seguir, saiba quais são elas:

1. Carros movidos a hidrogênio

O fórum reconhece que estes veículos são uma promessa de longa data, mas diz que "só agora a tecnologia parece ter chegado ao ponto no qual montadoras planejam incorporá-la em lançamentos para consumidores". Carros a hidrogênio têm algumas vantagens em relação aos atuais modelos, movidos a gasolina, álcool, diesel ou eletricidade. Nos carros elétricos, é preciso recarregar suas baterias a partir de uma fonte externa de energia. Já as células de combustível geram eletricidade diretamente, usando combustíveis como hidrogênio ou gás natural. Esta energia fica armazenada nas baterias. Isso permite que eles percorram grandes distâncias, como veículos movidos a combustível – o que não ocorre com os modelos elétricos, que ainda têm uma autonomia limitada. Além disso, a recarga de uma célula de gás de hidrogênio comprimido leva apenas cerca de três minutos. Por fim, o uso de hidrogênio como combustível não gera monóxido de carbono, como ocorre com carros comuns, mas vapor d'água, o que ajuda a reduzir a poluição no ar. Mas ainda há dois obstáculos: produzir hidrogênio barato em larga escala e criar uma infraestrutura para distribuí-lo à população. "O transporte de hidrogênio por longas distâncias, mesmo que comprimido, ainda não é considerado economicamente viável hoje em dia", afirma o fórum. "No entanto, técnicas inovadoras de armazenamento logo reduzirão este custo e os riscos associados a esta prática". O fórum espera que, em uma década, milhões de veículos movidos a hidrogênio estejam em uso.

2. Robótica

Outra tecnologia que há muito tempo se faz presente no imaginário coletivo, a robótica tem passado por avanços que estão permitindo que finalmente deixe de estar confinada a fábricas e outras tarefas simples. "Sensores melhores e mais baratos permitem que robôs sejam capazes de compreender e responder ao ambiente em torno dele. Seus 'corpos' estão se tornando mais adaptáveis e flexíveis", afirma o fórum. "E eles estão mais conectados, beneficiando-se da computação em nuvem para acessar e processar informações remotamente, em vez de terem que ser inteiramente programados para realizar uma tarefa autonomamente". Com isso, os robôs estão assumindo uma variedade de tarefas, como um controle preciso de pragas em plantações e sua colheita ou cuidando de idosos e pacientes, inclusive na sua reabilitação física. Além disso, robôs menores e mais habilidosos estão não apenas realizando tarefas repetitivas em fábricas no lugar das pessoas, mas também colaborando com humanos em vez de substituí-los. "O medo de que robôs conectados à web possam fugir do controle se tornará mais proeminente, mas, conforme estas máquinas realizam tarefas domésticas e as pessoas se familiarizam com elas, esse receio deve ser amenizado", afirma o fórum.

3. Plástico 'thermoset' reciclável

Ao contrário dos termoplásticos, que podem ser aquecidos e reaquecidos para adquirirem diferentes formas e serem reciclados, os plásticos "thermoset" só podem passar por este processo uma única vez. Isto confere durabilidade a este tipo de plástico, tornando-o uma parte importante do mundo atual, com seu uso em celulares, computadores e aeronaves, mas também faz com que seja impossível reciclá-los. Mas, em 2014, houve avanços significativos nesta área, com a descoberta de uma nova categoria reciclável de plásticos "thermoset", com o uso de ácido para quebrar a cadeia de polímeros que os forma e os reutilizar na fabricação de novos produtos, mantendo suas características mais úteis, como a rigidez e a durabilidade. "Apesar de nenhum processo de reciclagem ser 100% eficiente, esta inovação – se for empregada amplamente – pode gerar uma grande redução no lixo descartado", destaca o fórum. "Esperamos que este novo tipo de plástico 'thermoset' substitua o antigo em cinco anos e se torne onipresente em bens fabricados por volta de 2025".

4. Engenharia genética agrícola

A engenharia genética gera uma grande polêmica, mas o fórum defende que "novas técnicas permitem 'editar' o código genético de plantas para torná-las mais nutritivas ou resistentes às mudanças climáticas". Atualmente, a engenharia genética de cultivos agrícolas depende de bactérias para transferir uma parte de DNA para outro genoma, algo que já foi comprovado ser tão arriscado (ou seguro, de acordo com o ponto de vista) quanto realizar esta transferência por cruzamento de espécies. "No entanto, técnicas mais precisas de edição genética foram desenvolvidas nos últimos anos", afirma o fórum. Elas conferem às plantas uma maior resistência a pragas e insetos, reduzindo a necessidade de uso de pesticidas, e aumentam a sustentabilidade de cultivos ao reduzir a necessidade de água e fertilizantes. "Muitas destas inovações serão particularmente benéficas para agricultores de pequeno porte de países em desenvolvimento. Assim, a engenharia genética pode se tornar menos controversa, à medida que seu benefício seja reconhecido para aumentar a renda e melhorar a dieta de milhões de pessoas".

5. Manufatura aditiva (impressão 3D)

Hoje, a fabricação de produtos começa por um grande pedaço de determinado material, como madeira, metal ou rocha, e passa pela remoção de camadas até atingir a forma desejada. Por sua vez, a manufatura aditiva – também conhecida como impressão 3D – parte do zero e aplica camadas do material até atingir a forma final, usando um modelo digital como guia. "Produtos fabricados assim podem ser altamente personalizados para cada usuário, ao contrário de produtos feitos com processos de fabricação em massa", esclarece o fórum. Além disso, usando células humanas como material básico, esta técnica permite criar tecidos orgânicos que podem ser usados no teste de segurança de medicamentos, além de transplantes. "Um próximo estágio importante da manufatura aditiva seria fabricar desta forma componentes eletrônicos, como placas de circuitos", destaca o fórum. "Esta ainda é uma tecnologia nascente, mas deve se expandir rapidamente na próxima década com oportunidades e inovações que a aproximarão do mercado de massa".
 

 

6. Inteligência artificial

Nos últimos anos, a inteligência artificial evoluiu bastante, com smartphones reconhecendo a voz de seu dono, carros que dirigem a si mesmos ou drones. Hoje, esta tecnologia faz com que uma máquina reconheça um ambiente a sua volta e reaja a ele. "Mas estamos dando um passo à frente com máquinas capazes de aprender autonomamente ao assimilar grandes volumes de informação", diz o fórum. "Assim como os novos robôs, esta inteligência artificial nascente levará a um aumento significativo de produtividade. Máquinas com acesso rápido a uma imensa fonte de dados poderão responder a situações sem cometer erros com base em emoções, como no caso de diagnóstico de doenças". O fórum reconhece que esta tecnologia tem riscos atrelados a ela, como máquinas superinteligentes que um dia poderiam suplantar a humanidade. "Especialistas levam este receio cada vez mais a sério, mas, por outro lado, isso pode tornar ainda mais evidente a importância de atributos essencialmente humanos, como criatividade e relações interpessoais".

7. Manufatura descentralizada

Este tipo de fabricação de produtos muda completamente a noção que temos hoje da manufatura. Em vez de reunir todo o material necessário para fazer um produto em um único – e enorme – local e depois distribuí-lo ao público, a manufatura descentralizada distribui a fabricação de diferentes partes do produto por diversos locais. E o produto final acaba sendo montado muito próximo de onde consumidor está. "Na prática, isso substitui a cadeia de fornecedores de materiais pela informação digital. Em vez de fazer uma cadeira em uma fábrica central, fábricas menores e locais recebem instruções de como fazer suas peças, que podem ser montadas pelo próprio consumidor ou em oficinas", esclarece o fórum. "Isso permite usar recursos de forma mais eficiente, com menos desperdício, diminuindo o impacto ambiental. Também reduz a barreira de entrada para novas empresas num mercado ao diminuir a quantidade de dinheiro necessário para criar um protótipo e fabricar produtos". O fórum defende que esta nova técnica de fabricação mudará o mercado de trabalho e a economia da manufatura, mas também apresenta riscos, por ser mais difícil de regular. "Nem tudo poderá ser feito desta forma. Cadeias de produção ainda serão necessárias para bens de consumo mais importantes e complexos".

8. Drones inteligentes

Drones são usados amplamente nos dias de hoje, na agricultura, no cinema e em outras aplicações que requerem uma vigilância aérea ampla e barata. "Mas, até agora, eles têm pilotos humanos, que os controlam a partir do solo", explica o fórum. "O próximo passo é desenvolver máquinas que voam por conta própria, o que permite uma série de novos usos". Para isso, os drones precisam ser capazes de usar sensores para reagir ao ambiente a sua volta, mudando sua trajetória e altura de voo para evitar colisões com outros objetos em seu caminho. Isso permitirá que estes robôs assumam tarefas perigosas para humanos, como manutenção de redes elétricas. Ou realizar entregas de medicamentos urgentes mais rapidamente. Na agricultura, poderiam auxiliar no uso mais preciso de fertilizantes e água ao analisar plantações desde o ar. "Com esta tecnologia, os drones poderão voar de forma mais próxima a humanos e em cidades", destaca o fórum. "Mas, para serem amplamente usados, eles terão que se provarem capazes de voar em meio às mais difíceis situações, como em tempestades de areia e nevascas. Quando isso ocorrer, eles nos tornarão imensamente mais produtivos".

9. Tecnologia neuromórfica

Ainda hoje, os mais avançados computadores não conseguem superar a sofisticação do cérebro humano. Estas máquinas funcionam de forma linear, transferindo informação entre chips e um processador central por meio de uma rede. Já um cérebro funciona de forma totalmente interconectada, com uma densidade de conexões que superam em muito a de um computador. Mas cientistas já trabalham na criação de chips neumórficos, que simulam a arquitetura cerebral e aumentam exponencialmente a capacidade de um computador processar informações e reagir. "Uma limitação da transferência de dados entre uma memória e um processador central é que isso usa grandes quantidades de energia e gera muito calor", afirma o fórum. "Chips neumórficos são mais eficientes neste aspecto e mais poderosos, funcionando como uma rede de neurônios". O fórum acredita que esta tecnologia, em estágio de protótipo em empresas como a IBM, é a próxima etapa da computação de ponta e permitirá um processamento de dados mais ágil e potente, abrindo caminho para máquinas aprenderem por conta própria. "Computadores serão capazes de antecipar e aprender, em vez de apenas reagir de acordo com a forma como foram programados".

10. Genoma digital

O primeiro sequenciamento do genoma humano levou muitos anos e consumiu dezenas de milhões de dólares, mas, hoje, isso pode ser feito em minutos por algumas centenas de dólares. "Essa habilidade de desvendar nossa genética individual promete levar a uma revolução, com serviços de saúde mais personalizados e efetivos", defende o fórum. Isso porque muitos dos males que enfrentamos derivam de um componente genético. Com esta digitalização do DNA, um médico poderia, por exemplo, tratar um câncer de acordo com a composição genética do tumor. O fórum ressalta, no entanto, que, assim como toda informação pessoal, será necessário proteger o genoma de uma pessoa por motivos de privacidade.

"Mas os benefícios provavelmente superarão os riscos".

quarta-feira, 18 de março de 2015

Poema da Criação


Existem certas pessoas carente de entendimento,
Que acham que não foi Deus que Criou o Casamento,
A principio lhes parece que não foi conveniente,
Unir dois seres avessos, de fato, bem diferentes,
Mas nós que somos cristãos e temos boa memória,
Sabemos muito bem como surgiu essa história,
Adão andava ocupado trabalhando com capricho,
Se esforçando o dia inteiro, pensando em nome de bicho,
Era tigre, porco, tatu, macaco, alse, leão,
Adão andava inspirado, e foi mesmo abençoado, com tanta Imaginação,
Mas é possível que o sujeito também tenha reparado,
Que todo animal macho tinha uma fêmea do seu lado,
E Deus por demais atento, sondando-lhe  o coração,
Decidiu que era preciso dar um fim a solidão e disse-lhe:
- Adão filho querido não quero te ver tão só;
Falhei por companheira uma joia de primeira da costela e não do pó.
E pondo Deus em ação aquilo que pretendia,
Nocauteou nosso Adão dando inicio a cirurgia,
E Deus cortou-lhe o osso pondo carne no lugar,
E assim fez a princesa, esperando ele acordar,
Quando o varão despertou daquele sono pesado,
O corte da cirurgia já tinha cicatrizado,
E Deus trouxe a varoa e a entregou à Adão,
E ouviu um brado de Glória e a seguinte exclamação,
- Ela é carne da minha carne, Ela osso do meu osso,
E adão foi pra galera e vez aquele alvoroço,
E a partir daquele dia o homem bem mais ocupado,
Deixou pra trás muitos bichos sem o nome catalogado,
E até hoje rola um papo, bem machista e corriqueiro,
De que o homem é mais importante, porque foi feito primeiro,
Algumas mulheres se irritam e afirmam de arma em punho,
Que a vinda da obra prima vem sempre após o rascunho,
Mas há homens que falam e mesmo quem acredite
Que Deus fez Adão primeiro para Eva não dá palpite,
Mas isso é irrelevante pro sucesso da vida a dois,
Pra ser feliz não importa quem veio antes ou depois,
Porque Deus fez tudo perfeito discorde quem quiser,
Mas o melhor da mulher é homem,
E o melhor do homem é a mulher.

Sidney Moraes

sexta-feira, 13 de março de 2015

O ministro de Finanças da Grécia, o euro e o bitcoin.

Dizem que o maior medo do ser humano é o de falar em público; em segundo lugar, vem o medo da morte. No caso dos economistas, o maior medo é o da deflação, seguido bem de perto do medo da inflação baixa – normalmente, algo inferior a 2% ao ano. Nada amedronta mais um economista do que a perspectiva da “espiral deflacionária”. É o Primeiro Cavaleiro do Apocalipse, pois certamente precede a Peste, a Guerra, a Fome e a Morte. Então, quando o assunto é a criptomoeda bitcoin, uma das críticas mais contundentes dos economistas é a sua natureza deflacionária – com uma oferta rígida e limitada, uma economia em crescimento baseada em bitcoins seria inerentemente deflacionária. Atualmente, a tendência de baixa dos índices de inflação de preços na Zona do Euro e a suposta inflexibilidade do euro têm levado economistas a temer uma deflação e atacar a moeda única europeia com críticas similares às feitas ao bitcoin: uma moeda inflexível, capaz de gerar uma perigosa deflação. Um dos proponentes dessa ideia é o recém-empossado ministro das Finanças da Grécia, Yanis Varoufakis, que há até pouco tempo mantinha ativamente um blog com comentários sobre a economia no mundo pós-2008. Como agora se encontra no centro da crise fiscal da República Helênica, teve que deixar de lado a teoria – e o seu blog – para colocar em prática suas crenças. Em uma série de artigos escritos em 2013 e 2014 – que só agora ganhou notoriedade, fruto de sua nova função pública –, o economista grego avalia a moeda digital, elencando uma série de inovações e falhas e, por fim, lançando a sua própria versão de uma moeda criptográfica europeia capaz de resolver os percalços da Zona do Euro. De fato, Varoufakis parece ter compreendido o funcionamento do Bitcoin com todas as suas nuances; isso temos de reconhecer. Há até um certo fascínio do economista diante da invenção de Satoshi Nakamoto. Mas a sua fobia deflacionária o leva a rechaçar qualquer chance de sucesso do Bitcoin no longo prazo – a despeito de a criptomoeda já estar no seu sétimo ano de vida. Tratemos, então, de examinar os principais pontos levantados pelo novo ministro das Finanças da Grécia. A deflação é realmente um problema? Varoufakis aponta dois grandes riscos da deflação:
i) a potencial redução de investimento e o subsequente aumento do desemprego e
ii) a postergação das compras de bens duráveis.
 
Porém, como veremos a seguir, nenhum dos riscos é real. São ameaças imaginárias, teoricamente insustentáveis e empiricamente inexistentes – algo típico dos modelos econométricos dos economistas. Segundo o ministro, “Num cenário deflacionário as empresas podem reduzir a produção para frear a queda nos preços de seus bens finais e, com isso, acabam cortando salários e demitindo funcionários, em um círculo recessivo que nunca acaba, cujo resultado é uma demanda por seus produtos menor ainda”. Se estivéssemos redigindo um mero tweet, este seria o momento de escrever “WTF???”. Mas vamos manter a compostura e prosseguir na argumentação de Varoufakis. Além do problema acima, o economista grego alega que “devido ao intervalo de tempo entre a compra da matéria-prima e a entrega do produto final, a deflação faz com que as empresas adquiram seus insumos quando os preços médios estão acima do que quando o produto final é vendido”. Assim, conclui o ministro: “Quanto maior a taxa de deflação, menor a taxa de lucro e maior o número de empresas que precisam ou despedir empregados ou fechar por completo”. Seria então justificado o medo deflacionária de Varoufakis? Definitivamente, não. Primeiro, uma queda nos preços dos bens finais não é um sinal de problema para nenhuma empresa. Na verdade, a dificuldade começa quando há uma queda na lucratividade, o que depende não apenas do preço de venda, mas também, obviamente, da estrutura de custos de uma firma. Ademais, praticamente nenhuma empresa tem o poder de controlar o mercado unilateralmente, restringindo produção para elevar preços. Há a concorrência, que possivelmente abocanharia a fatia de mercado liberada por uma empresa. É falha, portanto, a premissa de que as empresas, em nível agregado, possam demitir funcionários para restringir o nível de produção. É mais absurda ainda a conclusão de que esse cenário leva a um círculo recessivo que nunca acaba. Ora, basta o bom senso para entender que uma recessão infinita capaz de nos conduzir de volta à Idade da Pedra não é uma suposição plausível. Varoufakis parece ignorar dois pontos importantes. É possível, sim, que os insumos antes adquiridos só possam ser revendidos por um preço menor em um primeiro momento. Mas se a premissa é de deflação contínua, o custo de repor os estoques também irá declinar. A estrutura de custos não é imune à deflação. Esse é o ponto número um, mas não é o principal. A questão fundamental é que empresas não são meras repassadoras de mercadorias que compram e revendem – embora haja, claro, modelos de negócios assim. Há o processo produtivo, cuja função é justamente a de combinar diferentes insumos e fatores de produção, transformando estes no produto ou serviço final. Se nesse processo todo o diferencial entre o produto da venda e a estrutura de custos for positivo, a empresa lucra e prospera, mesmo em um cenário de deflação. Queda nos preços de venda não é indício de falência – assim como a alta dos preços de venda tampouco é sinal de lucratividade. O primeiro risco apontado por Varoufakis, portanto, carece de fundamento; não há razão para esperar como efeitos da deflação uma queda no investimento e redução de emprego. Vejamos agora o segundo risco que inquieta o economista grego, a tal da postergação indefinida da compra de bens duráveis. O ministro reconhece o fato de que, em um cenário de deflação, tardar uma compra pode recompensar o indivíduo por “receber mais valor” pelas unidades monetárias que dá em troca. Isso não é um problema, segundo Varoufakis, quando não são todos os preços a cair de uma só vez. “O benefício oriundo da paciência nos EUA hoje”, argumenta o economista, “advém da procura ativa por um negócio melhor em um mercado em que a informação é imperfeita”. A deflação, no entanto, “recompensa a paciência apenas por sua paciência, em vez de ser uma recompensa por uma atividade de procura custosa”, conclui Varoufakis. Portanto, cuidado, caro leitor, se receber em casa um folheto com as ofertas da semana; você pode estar, inadvertidamente, gerando um grave transtorno macroeconômico. Esse é o corolário da afirmação do ministro. Para encerrar, Varoufakis revela qual a questão essencial: “Na deflação, todo mundo se beneficia da espera, e a demanda agregada, então, colapsa, penalizando a todos”. Assumindo como premissa que a tal demanda agregada existe e pode ser estimulada, não há nada que um governo ou banco central possa fazer além de injetar dinheiro na economia para “reavivar a demanda agregada”. Inflação monetária não cria magicamente nova oferta de bens serviços; ela não aumenta a produção de uma economia, apenas encarece o preço nominal dos bens e serviços produzidos no território. Política monetária é capaz de elevar a demanda nominal – emitindo moeda –, mas é ineficaz para fazer crescer a demanda real – maior oferta de bens e serviços. Bitcoin, o euro e a Grécia. De acordo com Varoufakis, o bitcoin seria uma versão hard-core do padrão-ouro porque a oferta monetária total e a taxa de emissão são pré-determinadas por meio de um algoritmo inviolável por qualquer entidade, pública ou privada. Pode ser uma boa comparação. A única razão do adjetivo hard-core é que, no caso do padrão-ouro, os governos conseguiam, com frequência, burlar as regras do sistema monetário, emitindo mais papel-moeda do que o lastro no metal permitiria. O padrão-ouro era um sistema rígido, ma non troppo, como vimos diversas vezes na primeira metade do século XX. A semelhança com o euro advém da suposta inflexibilidade política e institucional de se imprimirem euros conforme as necessidades dos países perdulários. O bitcoin é constrito pelas leis matemáticas; o euro, pelas regras institucionais e pelo jogo político. Mas assim como o padrão-ouro, o euro é inflexível, ma non troppo. Basta espernear um pouco e o Banco Central Europeu (BCE) acabará cedendo e dando vazão às demandas das nações em apuros fiscais. Prova disso é o recém-detalhado programa de compra de títulos soberanos de Mario Draghi – quantitative easing, ou afrouxamento quantitativo, ou impressão de moeda –, a ser iniciado no dia 9 de março. Sim, o pretexto utilizado é a cruzada contra a deflação. O resultado efetivo é subsidiar o refinanciamento da dívida de diversos governos da Zona do Euro. Mas o ministro da Grécia propõe uma solução interessante, pelo menos à primeira vista. Aplicar o conceito e tecnologia do bitcoin a uma espécie de moeda digital paralela nos países periféricos europeus, como a própria Grécia. Segundo Varoufakis, seria uma forma de contornar as restrições insuportáveis impostas pelo euro. Como disse, à primeira vista, parece interessante. Basta ler suas premissas básicas, porém, para concluir que o plano é falho, repleto de contradições, e, mesmo se implantado, jamais atingiria o propósito almejado. Não vale a pena esmiuçar detalhadamente o esquema de Varoufakis, mas é preciso destacar dois pontos. O ministro propõe que o Tesouro nacional emita uma moeda chamada de FT (que significa future taxes), a qual pode ser comprada pelos cidadãos pagando com euros (1 FT-coin valeria, por exemplo, € 1.000). O detentor de uma FT-coin poderia resgatá-la pelo valor de face a qualquer momento ou usá-la depois de dois anos para pagar impostos a um valor de € 1.500. Lastrear as FT-coin pari passu com os euros recebidos no câmbio é o primeiro problema. Precisaríamos confiar que o Tesouro nacional honraria sempre e a todo momento a promessa de resgatar em euros a FT-coin. Historicamente, governo algum conseguiu sustentar esse acordo por muito tempo. Ao primeiro sinal de apuro fiscal, cortava-se o lastro com o metal precioso ou o dólar – no esquema de Varoufakis, seria com o euro. A garantia de conversibilidade ao valor de face proposta pelo ministro é atraente em teoria, mas insustentável na prática. O segundo problema da moeda digital de Varoufakis é a forma pela qual ela deveria ser administrada. De acordo com o ministro, a FT-coin seria gerida por um algoritmo similar ao Bitcoin e supervisionada por uma autoridade nacional não governamental independente. Recorro novamente ao argumento acima: em um cenário de aperto fiscal, tal autoridade nacional seria certamente pressionada politicamente a agir em prol do “bem-estar da nação” – emitir moeda para pagar a conta, é claro. Quando se remove a essência do bitcoin – uma política monetária genuinamente independente, inviolável e livre de pressões políticas –, perde-se uma das principais características de uma moeda digital baseada em criptografia. A FT-coin de Varoufakis não passa de uma tentativa de introduzir uma moeda paralela com uma roupagem moderna e digital que em quase nada se assemelharia ao bitcoin. E mesmo que desconsiderássemos tais falhas da FT-coin, o esquema do ministro grego jamais atingiria os objetivos pretendidos de prover maior liquidez ao governo e debelar a deflação. Ao definir que a emissão da FT-coin obedeça uma regra pré-estabelecida e definida por uma métrica (um percentual do PIB nominal, sugere Varoufakis), a autoridade nacional incumbida da tarefa de gerir a FT-coin deveria optar entre defender as regras estipuladas ou ceder às pressões e prover liquidez ao governo. E, por fim, se a emissão de FT-coin seguir uma regra rígida, a autoridade nacional estará incapacitada de manipular a oferta monetária visando alcançar determinado índice de inflação de preços, seja ele qual for. Se Varoufakis resolver as falhas e as contradições de seu plano, ele acabará com uma dentre duas alternativas: ou uma nova moeda estatal ou uma criptomoeda baseada na tecnologia do bitcoin. Não há um híbrido possível. Ou a moeda é apolítica, ou ela está submetida aos ditames de um governo. Quando uma ideia é boa, ela não precisa ser imposta sobre a sociedade Infelizmente, não há muito que aproveitar do esquema do ministro de Finanças da Grécia. Nem para a Grécia ou países periféricos do euro, nem para o próprio bitcoin. Nenhum Estado adotará uma criptomoeda porque nenhum governo deseja se submeter às amarras de uma moeda apolítica. Yanis Varoufakis aparentemente entende e até admira a invenção de Nakamoto, mas esbarra no pânico da deflação que tanto aflige os economistas. O ponto mais positivo desse episódio não é o plano do ministro em si, mas a crescente legitimidade do bitcoin. Há alguns anos, a tecnologia era ignorada. Economistas a olhavam com desdenho. Hoje a realidade é outra. Hoje o bitcoin inspira possíveis soluções ao sistema financeiro mundial. Hoje a tecnologia por trás da criptomoeda é objeto de estudo e fascínio. Hoje, longe de ser ignorada, a tecnologia do bitcoin tende a ser imitada, aprimorada e aplicada nos mais diversos casos. Ao contrário do que pregam os economistas, a natureza deflacionária do bitcoin não é um empecilho para uma adoção maior e uso massificado. Ao contrário do que propõe Varoufakis, a tecnologia do bitcoin não pode ser – e jamais será – usada para socorrer os países periféricos da Zona do Euro. O defeito fundamental da moeda única europeia reside na sua natureza política e estatal, em que há uma autoridade monetária única para jurisdições fiscais independentes. Que os gregos saibam escolher o melhor caminho, pois não há alternativas boas. Cedo ou tarde, acabaram impondo sobre a população da Grécia uma nova moeda estatal, como o velho dracma, ou algum esquema mirabolante, como a FT-coin de Varoufakis. O consolo é que não precisarão ir a Bruxelas para protestar contra a inflação rompante que certamente virá. Quando uma ideia é boa, ela não precisa ser imposta à sociedade. Já temos uma ideia boa hoje, e a sociedade está escolhendo. Ela se chama bitcoin. Mas ela não serve para socorrer governos irresponsáveis. Ela serve para prover aos cidadãos uma válvula de escape dos abusos da moeda cometidos por quem alega estar trabalhando em prol do povo.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Resumo do Significado Espiritual do Gênesis

Resumo do Significado Espiritual do Gênesis

Os seis dias, ou períodos, são todos os estados sucessivos da regeneração do homem conforme segue:
1. O primeiro estado é o que precede ao fato da existência, estando incluso neste instante de tempo o estado de infância, é o estado imediato ao da regeneração. É o estado chamado de "vazio", "vazio" e "escuridão". É o primeiro movimento da misericórdia do Grande, é "o Espírito que move-se sobre as faces das águas.". É o Zero da matemática, é o Nada e é o Tudo, é o Princípio em sua essência.

2. O segundo estado é quando é feita uma distinção entre as coisas que são do Incognoscível, e as que são próprias do homem. As coisas que são do Supremo são designados pelas Palavras "Continua a Ser", e este estado somente é especialmente conhecido pelo estado da fé, que foram aprendidas através do mais velhos, desde a infância, e que são armazenados, e não se manifestam até que o homem entre neste estado. Hoje em dia este estado raramente existe sem tentação, infortúnio, ou tristeza, por que as coisas do corpo e do mundo, ou seja, as coisas próprias do homem, são trazidos para a inquietude, como se fosse morrer. Assim, o que é devido ao homem externo são separados daqueles que pertencem ao homem interno. No homem interno estão os restos mortais, guardados pelo Eterno, até agora, e para este uso.

3. O terceiro estado é o de arrependimento, em que o homem, de seu homem interno, fala piedosamente e devotadamente, e produz bens e obras de caridade, mas que no entanto são inanimados, porque ele acha que os bens e as obras são resultados de sua inteligência e vontade. Estes bens são chamados de "tenra relva", e também a "erva que dá semente", e depois também chamada de "árvore que dá fruto."

4. O quarto estado é quando o homem torna-se influenciado pelo amor e iluminado pela fé. Ele de fato, no período anterior, discursou piedosamente, doou seus bens, mas ele fez isso em consequência da tentação e vaidade, e na angústia sob o qual ele trabalhou, e todos estes atos não foram o produto de fé e de caridade; Por isso a fé e a caridade ascendem em seu homem interno, e são chamados dois "Astros".

5. O quinto estado é quando o homem professa a sua fé, e, assim, confirma-se na verdade e no bem: as coisas que por ele são produzidas são vivas, e são chamadas de "peixes do mar", e as "aves do céu ."

6. O sexto estado é o estado da fé, e da fé por amor, ele fala o que é verdade, e faz o que é bom: as coisas que ele cria, são chamados de "alma vivente" e de "besta". E, como ele, as coisas agem de uma só vez juntamente com a fé e o amor, ele se torna um homem espiritual, que é chamado de "Imagem". Sua vida espiritual está satisfeita e sustentada pelas coisas que pertencem aos conhecimentos da fé, e às obras de caridade, e as que são chamados a sua "comida e sua vida natural está satisfeita e sustentadas por aquilo que pertencem ao corpo e os sentidos, de onde um combate surge, até que o amor o domina por inteiro, e ele se torna um homem celestial.

7. Nem todos aqueles que estão por ser convertidos chegam a esse estado. A maior parte, no dia de hoje, atingem apenas o primeiro estado alguns apenas o segundo; outros o terceiro, quarto, quinto ou; poucos o sexto; e quase ninguém o sétimo.