Uma série de acidentes que estão ocorrendo nos trabalhos de controle do reator um, da usina de Fukushima, aponta para o declínio moral dos trabalhadores daquela unidade. A permanente preocupação com a saúde e o entendimento que se forem expostos além dos limites à radiação daquele ambiente os mesmo serão descartados: “Se exceder nossos limites de exposição à radiação, vamos simplesmente ser descartados como trabalhadores.”, disse um perito com idade aproximada de 30 anos. O aumento de pessoal na área de controle das unidades, consequentemente aumentou o número de casos de contaminações pela radiação, há trabalhadores que tem até suas roupas íntimas e peles contaminados e trabalham diariamente sob pressão de questionar: “Como tudo isso irá acabar!”. Com esses fatos, o mundo começa a se mobilizar e responder ao pedido de ajuda feita pelos japoneses. A pergunta que fica é: Será que não é tarde demais?
Na semana passada, o governo japonês finalmente admitiu o que já era de conhecimento do restante da comunidade internacional, que tudo o que está sendo feito deveria ter sido realizados a mais de dois anos e meio atrás. Era evidente que eles não conseguiriam controlar sozinhos um dos piores desastres nucleares de todos os tempos. As autoridades japonesas, a empresa TEPCO, juntamente com especialistas de organismos internacionais, elaboram um plano conjunto de atuação para tentar controlar a situação. Os peritos japoneses dizem que a situação é séria e o fato de as autoridades japonesas negarem e ocultarem os o real estado dos reatores, em muitos prejudicou o planejamento e as operações para controle e resolução dos problemas. O Prof. Komei Hosokawa, que escreveu o Relatório Nuclear de Fukushima diz, “A situação não está sob controle. Quase todos os dias acontecem fatos novos, e não há nenhum sinal de que se irá controlar a situação nos próximos meses ou anos”. Mesmo aqueles que acreditam que a situação está sob controle admitem que há uma sensação de “caos” na área de operação da usina nuclear de Fukushima.
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