segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Óleo de Canola, uma fraude alimentar.


Ao ler alguns artigos sobre a composição de alguns alimentos processados tipo: margarinas, óleos, bolachas, bolos, doces e massas eu observei que todos eles, sem exceção, contêm algum tipo de produto químico para coloração, aroma, sabor e textura. Passei e ler também sobre alguns produtos naturais que poderiam substituir alguns destes itens que compõem estes alimentos e me defrontei com o óleo de Canola. Após ler um pouco mais sobre o referido óleo, passei a questionar algumas colocações feitas por aqueles que produzem e vendem este óleo. Se o óleo de Canola é processado a partir do óleo de Colza e este é altamente tóxico aos seres humanos, pode o óleo de Canola ser rotulado como produto “orgânico” apenas por que os agricultores não utilizam pesticidas ou fertilizantes químicos em seu plantio? Tendo como premissa que os alimentos orgânicos são alimentos que não possui nenhuma irradiação, materiais sintéticos e não são geneticamente modificados ou que contenham algum aditivo químico e que os mesmos são seguros e mais saudáveis que o alimento processado e convencional. Diante do exposto, como pode o óleo de Canola possuir um status de produto orgânico se o mesmo deriva de um óleo altamente prejudicial à saúde das pessoas? A planta Colza é uma erva tão daninha que nem mesmo os insetos conseguem dela se alimentar. Quando estudamos um pouco sobre o que o óleo de Canola representa para a saúde, logo compreendemos que há um equívoco em listar o mesmo entre opções benéficas para o corpo. Obviamente um equívoco intencionalmente fabricado pela indústria alimentícia. Para tanto, vamos buscar na natureza a planta Canola, a linda flor amarela estampada nos rótulos… que não existe. Canola não é uma planta: é um nome comercial. É a sigla de Canadian Oil Low Acid. 


A flor amarela das fotos é de uma planta hibridizada chamada “Colza“. A Colza é o resultado do cruzamento de várias subespécies de plantas da mesma família com o objetivo de obter uma semente com baixo teor de ácido erúcico, uma vez que este é inadequado ao consumo humano. O óleo de Canola, orgânico ou não, inibe a função de algumas enzimas, esta planta não é como o milho, soja ou girassol. Para se produzir o óleo de Canola, o óleo de Colza é descolorado, desodorizado e fervido 149ºC para remoção de seu forte odor em um refinamento cáustico utilizando-se o Hexano como solvente químico. Você pode estar se perguntando, Hexano? Sim, Hexano, um componente do vapor de gasolina que é usado para processar óleos desde a Segunda Guerra Mundial. A forma de produzir o óleo de Canola difere em muito da maneira tradicional de apenas moer as sementes de Colza como é feito com o óleo de Oliva. O refinamento do óleo de Canola força parte do delicado conteúdo de ômega 3 a se transformar em gordura trans. Uma pesquisa realizada na Universy of Florida em Gainesville encontrou a elevada proporção de 4.6% nos óleos “de Canola“ testados. Sim, gordura trans, um dos mais nocivos elementos nutricionais da atualidade, recentemente banido dos restaurantes da Califórnia por ordem governamental. Afinal, tem comprovado efeito contribuinte para inúmeras doenças, inclusive as do coração. 


O estudo indica ainda que "coração saudável" do óleo de Canola, na verdade, cria uma deficiência de vitamina E, que, como muitos de nós sabemos, é essencial para a nossa saúde cardiovascular. Além disso, por causa do elevado teor de enxofre do óleo de Canola é agravada ainda mais qualquer problema alérgico a enxofre ou asma brônquica. Existem relatos de inúmeras outras enfermidades ligadas à ingestão e até mesmo a inspiração de vapores do óleo de Canola, possível vínculo com câncer de pulmão. Se observar bem, deixa um cheiro rançoso nas roupas, pois é facilmente oxidado. Outros testes descobriram vários desequilíbrios entre os micronutrientes naturais. Esses desequilíbrios são parte do que a tecnologia faz para criar alimentos-venenos e minar a saúde humana em longo prazo. A Canola também ilustra um jeito de funcionar das grandes empresas de biotecnologia, de que tudo podem desde que o custo seja baixo, e o retorno financeiro seja elevado e garantido, e sem jamais se preocuparem com as consequências. Perdemos o direito desta opção quando nos foi retirada toda a informação. Enfim, novamente nos defrontamos com uma situação em que a mão do homem subverte o bom senso entre ciência e saúde, ao que parece, porque os interesses econômicos são muito mais persuasivos que os interesses dos consumidores. E tudo muito escamoteado ou até protegido por órgãos governamentais, que a priori, deveriam funcionar para servir e proteger o consumidor. Mas o pior, é que não podemos contar com os meios de informações, que sistematicamente informam o que interesses maiores julgam mais oportuno. A Canola, certamente, é uma fração pequena do mundo obscuro do capitalismo científico, que pesquisa fontes de enriquecimento muito mais entusiasticamente do que as verdadeiras fontes de saúde e vida. Seguem algumas opções alternativas de óleos e gorduras benéficas que podem e devem fazer parte de um cardápio construtivo:


Azeite de Oliva Extra Virgem. Somente para uso em temperatura ambiente, não deve ser aquecido. Alguns estudos recentes apontam que este deve ser utilizado com moderação pelo fato de que em alguns indivíduos pode causar inflamações. Isto não é generalizado, mas vale uma certa atenção em relação ao assunto. Óleo de Gergelim, de Girassol e de Linhaça – NUNCA devem ser utilizados para cozinhar, pois são todos submetíveis aos processos de oxidação e desnaturação causados pelo calor descritos acima. Contudo, possuem benefícios e sabores que contribuem para a saúde e são excelentes para um toque especial em receitas diversas. Certifique-se de que sejam prensados a frio, guardados em garrafa escura e preservados sob-refrigeração. Especialmente o de linhaça, que se oxida muito facilmente. Existem opções melhores do que o óleo de linhaça como fonte vegetal de ômega 3, como o óleo de cânhamo, de chia e de uma semente amazônica chamada sacha inti, infelizmente estes ainda não estão disponíveis no Brasil.


 Óleo de Coco Virgem – Uma das gorduras mais saudáveis e medicinais para o corpo humano, repleta de benefícios, como ampliação da capacidade imunológica, e resistente ao calor. Por ter aroma adocicado, fica excelente em bolos e biscoitos, mas idealmente deve ser consumida à frio. Uma maneira agradável é liquidificar óleo de coco com suco de frutas, fica excelente com manga. Óleo de Palma, excelente para a saúde, especialmente quando não refinado, o óleo de palma é riquíssimo em tocotrienóis, poderosíssimo antioxidante. Igualmente resistente ao calor, não se degrada quando utilizado na culinária, pode ser usado para tudo com a vantagem de alterar muito pouco o sabor de qualquer coisa.


Manteiga Orgânica, sim, muito saudável e incomparavelmente melhor do que qualquer margarina, talvez um dos piores e mais artificiais “alimentos“ jamais criados pela indústria. A manteiga resiste bem ao calor e é uma das mais nutritivas e saudáveis fontes da tão importante e essencial gordura saturada Fonte de CLA, um ácido gorduroso essencial que já foi demonstrado através de estudos como portador de propriedades de construção muscular e queima de gordura. O melhor da manteiga é o seu sabor delicioso, que adiciona riqueza a qualquer prato. Excelente para nutrir o sistema nervoso e para assimilar determinadas vitaminas e minerais lipossolúveis. Para quem é alérgico à lactose é recomendável à alternativa clarificada, removida de resíduos sólidos do leite: O Ghee, que se comporta ainda melhor do que a manteiga comum quando utilizada para refogar ou fritar qualquer coisa. Não que frituras sejam recomendadas, mas fritar em manteiga clarificada é infinitamente melhor do que fritar em óleo de soja… ou “de Canola“. De qualquer maneira, a manteiga deve ser orgânica, pois é justamente nos lipídios que se acumulam as substâncias tóxicas no organismo. Sendo assim, evite laticínios tradicionais e procure à boa e velha manteiga “da roça“, artesanalmente preparada… de preferência a partir de leite fresco do dia, não pasteurizado para manter vivo os pro bióticos naturalmente presentes. Qualidade faz diferença, e muita. A qualidade dos óleos de uma dieta, seja ela qual for, é um dos mais importantes e determinantes fatores para a saúde. São eles os principais responsáveis por corrigir ou acentuar inflamações sistêmicas. Sendo assim, a sugestão é que você escolha seus óleos e gorduras com consciência, evitando alimentos processados pela indústria, biscoitos, bolachas, bolos e pães, pois estes quase sempre são elaborados com os mencionados óleos refinados mencionados, além de outras inconveniências para o corpo.

Sites de consultas:
http://vanessaruns.com
http://truefoodnow.org
http://www.laleva.cc
http://customers.hbci.com

sábado, 14 de setembro de 2013

Canção da Terra.

E quanto ao nascer do sol
E quanto à chuva
E quanto todas as coisas
Que você disse que iríamos ganhar
E quanto aos campos de morte
Existe tempo
E quanto todas as coisas
Que você disse que eram minhas e suas
Você já parou para notar
Todo o sangue que nós derramamos antes
Você já parou para notar
Esta Terra está chorando, ela está chorando litorais

Aaaaaaaaaah Ooooooooooh
Aaaaaaaaaah Ooooooooooh

O que nós temos feito para o mundo
Olhe o que nós temos feito
E quanto toda a paz
Que você prometeu a seu único filho
E quanto aos campos floridos
Haverá um tempo
E quanto todos os sonhos
Que você disse que eram seus e meus
Você já parou para notar
Todas as crianças mortas com a guerra
Você já parou para notar
Esta Terra está chorando, ela está chorando litorais

Aaaaaaaaah Oooooooooh
Aaaaaaaaah Oooooooooh

Eu costumava sonhar
Eu costumava olhar além das estrelas
Agora eu não sei onde estamos
Embora eu saiba que nós fomos longe

Aaaaaaaaah Oooooooooh
Aaaaaaaaah Oooooooooh

Aaaaaaaaah Oooooooooh
Aaaaaaaaah Oooooooooh

E quanto à ontem
(E quanto a nós)
E quanto aos mares
(E quanto a nós)
O céu esta caindo
(E quanto a nós)
Eu não consigo nem respirar
(E quanto a nós)
E quanto à apatia
(E quanto a nós)
Eu preciso de você
(E quanto a nós)
E quanto o valor da natureza
(ooo, ooo)
É o ventre do nosso planeta
(E quanto a nós)
E quanto aos animais
(E quanto a eles)
Transformamos reinos em poeira
(E quanto a nós)
E quanto aos elefantes
(E quanto a nós)
Temos perdido sua confiança
(E quanto a nós)
E quanto ao choro das baleias
(E quanto a nós)
Devastando os mares
(E quanto a nós)
E quanto às florestas
(ooo, ooo)
Queimadas apesar dos nossos apelos
(E quanto a nós)
E quanto à terra santa
(E quanto a ela)
Dilacerada por ganância
(E quanto a nós)
E quanto ao homem comum
(E quanto a nós)
Não podemos deixar eles livres
(E quanto a nós)
E quanto às crianças morrendo
(E quanto a nós)
Não podemos ouvi-las chorar
(E quanto a nós)
Onde foi que nós erramos
(ooo, ooo)
Alguém me fale o porquê
(E quanto a nós)
E quanto aos bebês
(E quanto a eles)
E quanto aos dias
(E quanto a nós)
E quanto toda a sua alegria
(E quanto a nós)
E quanto ao homem
(E quanto a nós)
E quanto ao homem chorando
(E quanto a nós)
E quanto Abraão
(E quanto a nós)
E quanto à morte novamente
(ooo, ooo)
Não damos a mínima

Aaaaaaaaah Oooooooooh
Aaaaaaaaah Oooooooooh


sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Ritalina – Comodidade para os pais, filhos viciados e obediência a qualquer custo.

 

Está prestes a explodir um surto mundial entre crianças e adolescentes de classe média, do qual o Brasil está incluso, pelo uso daquilo que muitos a consideram como veneno da atualidade ou como as “drogas da obediência”, mas aceita por muitos como uma solução bem acertada no tratamento de TDAH - Déficit de Atenção e Hiperatividade, sendo indicado para esses casos o medicamento com o princípio ativo de cloridrato de metilfenidato mais conhecido por Concerta ou Ritalina. Este medicamento tem sido consumido em larga escala, tendo o Brasil em segundo lugar e os Estados Unidos em primeiro lugar em seu consumo. De acordo com o Instituto Brasileiro de Defesa dos Usuários de Medicamentos em 2000 foram vendidas 71 mil caixas dos psicotrópicos no Brasil, passando para a marca de quase 2 milhões de caixas em 2009. Em São Paulo, onde as drogas são distribuídas via SUS - Sistema Único de Saúde, uma pesquisa de 2011 do Fórum sobre Medicalização da Educação e da Sociedade, composto por cerca de 40 entidades, mostrou que 154 municípios paulistanos compraram em 2005 cerca de 55 mil comprimidos da ‘droga da obediência’. Cinco anos depois, o consumo saltou para 946 mil, 17,2 vezes maior. A projeção para 2011 era de que a compra chegasse a 1.493.024 de doses. Para o Doutor em Neurociência e Professor de Psiquiatria Infantil da Universidade Federal de Minas Gerais Arthur Kummer “Os medicamentos não são tão feios quanto dizem. São medicações com maior índice de eficácia na medicina. Quem sofre do transtorno e faz uso deles tem de 70% a 80% de melhora no aprendizado. Nenhum outro medicamento traz essa porcentagem como resultado. Para as crianças em idade escolar, que sofrem do distúrbio, o tratamento medicamentoso é de segunda linha: a primeira seria a terapia comportamental, que conta com a participação dos pais. 


Mas o grande problema é que há poucos profissionais dessa área, assim, o remédio passa a ser a primeira opção. Os efeitos colaterais são bem tolerados pela maioria dos pacientes. Nunca houve uma morte em virtude das doses. É tão seguro que a Academia Americana de Pediatria dispensa o pedido de eletrocardiograma antes da prescrição. No início, o remédio pode alterar um pouco o sono e o apetite, mas os benefícios superam isso. Meninos da 3ª e 4ª séries, que não conseguiam ser alfabetizados, depois de medicados, em duas semanas, conseguiram aprender. Quem não se trata, no futuro terá nível educacional mais baixo, empregos piores e pode até se envolver com drogas.” Já para a Doutora, Titular de Pediatria da UNICAMP e Professora Maria Aparecida Affonso Moysés, membro fundadora do Fórum de Medicalização “O consumo exacerbado das “drogas da obediência” é o genocídio do futuro. Vivemos, sim, uma epidemia. A Ritalina e o Concerta são drogas derivadas da anfetamina e da cocaína. A medicação age aumentando a concentração de dopamina, neurotransmissor associado ao prazer. Como o remédio age por algumas horas, quando o efeito passa, tudo que o usuário quer é ter aquele prazer de volta. Quem usa esse estimulante fica com a atenção focada. A criança só consegue fazer uma coisa de cada vez, por isso, fica quimicamente contida, não questiona nem desobedece. Cada vez mais os pais estão sendo desapropriados pelos profissionais da saúde e da educação de ver seus filhos e de ouvir o que eles querem dizer. Então, se ele está agitado, desatento, impulsivo, vamos dar um remédio para que fique calado e dopado? É mais fácil lidar com um problema ‘médico’ a mudar o método de educação da criança. O TDAH pode ser o grito de socorro de uma criança que está vivendo um conflito em ambientes em torno dela. A pessoa que faz uso desse tipo de remédio tem de sete a dez vezes mais chances de ter uma morte súbita inexplicada.” Os maiores problemas relacionados ao uso de Ritalina estão no uso incorreto e no descuido no diagnóstico. 


Geralmente, psiquiatras e professores partem de uma análise estereotipada, baseada no senso comum: se é inquieto, tem TDAH; se é distraído, também. Muitos não utilizam o DSM - Manual de Diagnóstico e Estatística de Transtornos Mentais para diagnosticar o transtorno. Aí está o erro. Quando as análises são feitas erroneamente, o paciente passa a ser medicado com Ritalina, mesmo sem precisar. E um dado chama atenção para os possíveis diagnósticos errados pela explosão de vendas do medicamento. Em oito anos (de 2000 até 2008), a comercialização anual de caixas de Ritalina passou de 71 mil para 1,147 milhões, sem contabilizar as demandas revendidas clandestinamente no país. Há portanto a opinião de alguns psicólogos que acreditam que o aumento no consumo é reflexo de uma política de medicalização. A psicóloga Roseli Caldas afirma que tais vendas espelham uma sociedade imediatista, que busca nos remédios resultados rápidos e eficientes. “A medicalização é como um mascaramento de questões sociais, uma vez que atribuir doenças a indivíduos nos exime de buscar nas relações sociais, econômicas e políticas as causas e soluções para os problemas da sociedade. O problema não estaria na cabeça das pessoas, mas na sociedade. É o que acredita Maria Aparecida Moyses, pediatra e professora da Unicamp: “Se tem tanta gente deprimida ou desatenta, temos que entender que elas estão sendo produzidas pelo modo que a gente vive. Nunca se tomou tanto remédio e nunca houve tantas pessoas doentes. Isso não pode estar certo. 


O que eles fazem é uma biologia de um corpo morto, de um cérebro sem vida, sem afeto, isolado do meio em que vive”. No caso da educação, fica mais fácil diagnosticar crianças do que tentar compreender quais fatores poderiam ser responsáveis pela falta de atenção ou pela impulsividade”, enfatiza a psicóloga. Recentemente, o Conselho Federal de Psicologia lançou uma campanha com o seguinte slogan: “Se você acha que seu filho está muito arteiro, fique calmo. Ele está apenas sendo criança, não tem TDAH”. Outra manifestação contrária ao uso destes medicamentos é apresentado por Marilene Proença que não é uma pajé. É psicóloga, integrante do Instituto de Psicologia da USP, e opõe-se à razão de ser da ABDA. “TDAH não existe. O que existe são crianças diferentes, com formas de aprender diferentes. 


Algumas são mais focadas, outras mais dispersas. Não existe um padrão de aprendizado”, ela postula. Para Marilene, a solução não cabe em um comprimido branco de pouco mais de 1 cm de diâmetro: “Nenhum medicamento no mundo daria conta da complexidade que é o processo de atenção e aprendizado de uma criança. Ele envolve afetividade, desejo, representações que a criança cria”. Para os pais aflitos, que não sabem o que fazer com seu filhos travessos, ela acena um caminho, antes que eles decidam passar a bola para um psiquiatra: “A primeira coisa é ouvir a sua criança. O que ela tem a dizer sobre a escola? Os amigos a tratam bem? O professor escuta ela? Mudar para uma escola que entenda melhor a criança também deve ser levado em consideração”. Os problemas normais da vida são designados pelas indústrias farmacêuticas como DOENÇAS MENTAIS, precisando assim de remédios cuja eficácia não podem ser mensurados, mas que causam efeitos secundários notáveis. Dessa forma:

Timidez, o diagnóstico: Desordem de Ansiedade Social - Código 300.23
Perda de um Ente, o diagnóstico: Desordem Depressiva Maior - Código 296.2
Saudades de Casa, o diagnóstico: Desordem de Ansiedade de Separação - Código 309.21
Desconfiançao diagnóstico: Desordem de Personalidade Paranoica - Código 301.00
Ter Altos e Baixoso diagnóstico: Transtorno Bipolar - Código 296.00
Ser distraídoo diagnóstico: DHDA - Código 314.9


É por isso que é quase impossível hoje em dia ir num psiquiatra hoje e não ser diagnosticado com uma doença mental. Em quase 100% destes diagnósticos são recomendados psicoativos. No geral, eles causam cerca de 700.000 reações adversas e 42.000 mortes durante um ano. Os psiquiatras recebem comissões pela indicação destes remédios e a indústria farmacêutica lucra U$ 330.000.000.000 por ano. Estes remédios não tem um poder de cura comprovados. A única coisa que se comprova é uma extensa lista de efeitos secundários nocivos. Está cada vez mais proibido viver com dores, o sofrimento é proibido, temos que viver dentro de uma propaganda de absorvente. Sem sofrimento, não aprendemos a lidar com o mundo real, não evoluímos e não temos coragem para suportar a vida como ela é. O que resta é os questionamentos como: O que estão fazendo com as nossas crianças? Como estão sendo diagnosticados esses pacientes? E os remédios, como estão sendo prescritos? É algo que está sendo dado para a ansiedade dos pais, dos educadores e dos psiquiatras para responder às inquietações dos meninos. Alguém está preocupado com isso?
Assista o vídeo abaixo, é muito interessante a reportagem.


terça-feira, 10 de setembro de 2013

As falsas verdades para justificar uma guerra.

 

Hoje ao ler um artigo sobre as possibilidades de uma guerra entre os Estado Unidos e a Síria escrito por Meredith Marie Miller, novamente esta questão veio a minha mente e não consegui para de pensar nos povos, tanto os americanos quanto também os sírios. Passei a relembrar à época em que houve a guerra do Iraque, Saddam Hussein era aliado dos Estados Unidos e em um movimento ambicioso estava importando urânio da Nigéria, Brasil e Portugal, yellowcake, para que, sem dúvida alguma, tentar produzir uma bomba atômica. As provas de que Saddam Hussein já possuía estes armamentos ou qualquer arma de destruição em massa não passaram de mentiras. Na época o presidente americano George Bush chamou Saddam Hussein de mentiroso por ele negar a existência de tais armas. O general Colin Powell em uma busca desesperada de justificar a intervenção militar naquele país revelou algumas fotografias que não passavam de fotos copiadas da internet de algumas fábricas de leite daquele país.


A misteriosa circunstância em que aconteceu o “suicídio” do Dr. David Kelly, o especialista em armas químicas e inspetor das Nações Unidas que apresentou um relatório mostrando ao governo da Grã-Bretanha que o Iraque não possuía armas de destruição em massa. Parece-me que a utilização de mentiras é um ato contumaz do governo dos Estados Unidos e seus aliados. Ao repassar a história em minhas lembranças passei a buscar mais informações sobre o Afeganistão e li que lá também criaram um elo entre o Afeganistão e Al Qaeda para que justificasse a invasão das tropas americanas naquele país.   Nesse quadro de interesses e de conflitos, as grandes potências têm motivos de sobra para projetar suas políticas. Aqui surge um complicador maior para o quadro já complexo do Sul da Ásia, a saber, as diferenças entre as grandes potências, que se manifestaram de forma súbita e aguda a partir da crise em torno do Iraque. Até o fim de 2002, quando ganhou intensidade essa crise, os projetos das grandes potências mantinham linhas gerais que exprimiam um consenso: contenção das tensões indo-paquistanesas; não proliferação nuclear; cerceamento do desenvolvimento e uso de mísseis; ortodoxia econômica; e liberalismo político, de maneira a alicerçar regimes constitucionais e civis.


O conflito no Afeganistão minou a política de sanções. Os Estados Unidos e seus aliados precisavam do apoio do Paquistão, sem o qual não seria possível selar a fronteira afegane nem derrotar o Talibã. As sanções foram suspensas após a fase de definições e alinhamentos de setembro-outubro de 2001. Entretanto, mantinha-se a unidade essencial de políticas das potências ocidentais para o Sul da Ásia. As grandes potências continuavam a exigir a adesão de Islamabade ao TNP e ao Tratado de Proibição Total de Testes Nucleares (CTBT), assim como continuavam a esperar seu entendimento com Nova Délhi. Dentro desses mesmos critérios, exigiam do Paquistão que não intercambiasse tecnologia nuclear nem de mísseis com outros países. Também exigiam que o Paquistão se abstivesse de fornecer meios materiais à insurreição na Cachemira indiana ou de apoiar movimentos da jihad no exterior. A crise iraquiana introduziu nova e poderosa perturbação nesse quadro consensual. Na verdade, introduziu uma alteração fundamental, ao provocar a ruptura da unidade das grandes potências.


O Paquistão havia encontrado uma posição aparentemente segura, ao se alinhar com as potências ocidentais em 2001: obtinha assistência econômica, com o fim das sanções; protegia suas bases nucleares, apesar da insistência formal das grandes potências no TNP e no CTBT; e evitava que a coligação internacional antiterror, dirigida contra os anteriores aliados paquistaneses do Talibã, concedesse carta branca a Nova Délhi, em seu confronto crônico com Islamabade. Dado do maior relevo, para o governo paquistanês, as potências ocidentais reconciliavam-se com o regime militar em Islamabade, antes objeto de sanções específicas, aplicadas quando da derrubada do Primeiro Ministro Nawaz Sharif, em 1999. Em uma entrevista à revista paquistanesa “Dawn”, O líder do Taliban Mohammed Omar, ainda nos anos noventa, no qual ele afirmou que o Afeganistão seria atacado em breve, esta entrevista ocorreu muito antes dos 11 de setembro de 2001. As intenções americanas eram de invadir o Paquistão para construir oleodutos e gasodutos em todo o Afeganistão, para trazer o petróleo e as reservas de gás da Ásia Central e espoliar aquele país de suas riquezas minerais. Outra lembrança que me ocorreu foi o caso da Líbia com as histórias de que o coronel Gaddafi estava indiscriminadamente bombardeando civis inocentes, e bombardeando cidades, matando centenas de pessoas, e tudo não passava de uma grande mentira. Os franceses em pânico, porque as Forças Armadas da Líbia estavam a dois dias de uma vitória sobre os terroristas, que o ocidente havia apoiado contra o Estado Líbio. Os terroristas, em desespero pela derrota eminente, cortaram os seios das mulheres, estupraram-nas, incendiaram prédios, assassinaram, empalaram meninos com barras de ferro, cortaram as gargantas dos negros e fizeram limpeza étnica e ainda foram chamados de "combatentes da liberdade", ou "militantes".


Os fatos são tão contraditórios que Gaddafi era aliado dos americanos e de todos os países que orbitam sua área de influência, inclusive o Brasil. A ONU propôs a concessão à Muammar Gaddafi de um prêmio especial por sua ação humanitária no desenvolvimento de vários projetos nos países Pan-africanos, sistemas de satélites financiados pela Líbia de Gaddafi, trazendo telemedicina para o alcance de todos os africanos e por todo o continente, programa de e-aprendizagem, também financiado por Gaddafi, para que africanos tivessem acesso ao conhecimento e para que não ficassem analfabetas digitais.


E agora chegou a vez da Síria, o centro do foco dos canais de notícias e jornais. E se a verdade sobre a Síria vier à tona mostrando que o "Governo de Assad" está lutando contra terroristas armados pelo ocidente para derrubar o governo sírio, tendo a Síria como o último degrau antes de atacar Irã, enquanto o Hamas e o Hezbollah são massacrados, e enquanto a última base russa no Mediterrâneo é desmontada por um regime sírio simpático ao ocidente. É necessário ter uma visão a partir da Síria, não conjecturando que todos os assassinatos são da responsabilidade das tropas do governo sírio. São mais três mil policiais das forças de segurança assassinados pelos terroristas na Síria. Hoje não passam de terroristas que atacam um estado soberano e o estado Sírio busca se defender desses ataques.


Culpar a Rússia por "armar Assad" é tão ridículo quanto não aceitar a culpa por armar terroristas dentro da Líbia, Síria e não aceitar a responsabilidade total para tudo que eles estão fazendo, e continuam a fazer. A guerra não promove a paz e nem o entendimento entre as nações, apenas reforça o caixa das grandes corporações fabricantes de armamento com o espólio dos derrotados. Quanto vale uma vida Síria ou Americana? Quanto vale o sorriso de uma criança Americana ou Síria? Quanto vale a paz de uma mãe, Síria ou Americana, que vê seu filho amado retornar para casa? Quanto vale a garantia de retorno ao lar do homem, Americano ou Sírio, que deseja ardentemente encontrar sua esposa e seus rebentos? Quanto vale? Nenhum espólio pode equiparar-se a estes valores. Quantos mais precisam morrer?

Orgasmo feminino um assunto proibido.


Apesar de todas as conquistas femininas nas últimas décadas, a mulher ainda se sente inibida quando o assunto é sexo e se frustra porque não consegue o desempenho sexual de que gostaria. As mulheres modernas se preocupam em ter um desempenho sexual bom com seu parceiro, isso se revela pelo fato de elas estarem mais permissivas na busca do prazer do sexo do que suas genitoras. Em 30 anos as mulheres vêm perdendo o medo de contar aos seus parceiros os que as faz sentir bem e sentir prazer. Muitas produtoras de filmes e escritoras feministas passaram a abordar o assunto sobre o erotismo de um ponto de vista feminino e com isso, o assunto deixou de ser algo proibido. Embora mesmo assim muitas mulheres hesitam em explorar a sua sexualidade, queixando-se da falta de prazer durante o ato sexual e se sentem culpadas pela falta de libido. Quando o assunto sexo é abordado, as mulheres em geral, tem a ideia do homem como figura central e veem a penetração masculina como modelo ideal. A sociedade em seu estado homofóbico, preconceituosa e hipócrita tem uma visão de que o sexo quando praticado fora dos padrões tradicionais é algo impróprio e as mulheres temendo ser lançada a marginalidade social procuram agradar seus parceiros a todo custo, mas evitam ultrapassar os limites ditados pela sociedade, porém não são os seus limites. Portanto a insatisfação sexual feminina põe em risco a relação com o parceiro, sendo que este também ignora as necessidades sexuais de sua parceira. A prática sexual para as mulheres tem um alto grau de importância em suas vidas e elas também desejam muito mais do que simplesmente ser penetrada pelo homem. É sabido que a maioria das mulheres somente atinge o orgasmo por meio da estimulação do clitóris e isso nem sempre é possível apenas com a penetração do pênis.
 
 
No entanto, nem os próprios médicos conversam sobre isso abertamente com suas pacientes. Apesar de todos os avanços sociais e científicos, o prazer feminino ainda é um mistério tanto para homens como para as próprias mulheres. É comprovadamente factível de que a mulher em seu orgasmo produza certo tipo de ejaculação, expelindo um fluido semelhante aos dos homens, mas um pouco mais aquoso e em menores quantidades. Ainda assim, muitos médicos não acreditam que elas podem ter ejaculação porque a descrição do clitóris nos textos científicos é muito superficial, sendo que na verdade o clitóris atua de forma parecida com o pênis para produzir o orgasmo. A nossa grande “ciência”, na qual as teorias tem maior peso dos que os fatos, somente reconheceu o clitóris como gatilho do prazer feminino em 1953, mas ainda hoje existem médicos que não tocam nesse assunto, ora por falta de conhecimento, ora por puro constrangimento. Durante séculos a sexualidade feminina foi reprimida, sendo que no século XVIII a tese de que o prazer sexual feminino era algo impróprio e pecaminoso ganhou muita força, principalmente na Europa, devido às questões religiosas e morais.
 
 
O sexo por puro prazer era assunto proibido e esta ideia ficou incorporada nas vidas das pessoas até os dias de hoje. O desconhecimento das funções do clitóris no organismo feminino reflete na opinião que a sociedade tem em relação à sexualidade da mulher. A pesquisadora americana Shere Hite escreveu em um de seus livros “que algumas mulheres nunca tiveram orgasmo, apesar de terem uma vida sexualmente ativa.” A facilidade de alcançar o orgasmo varia de mulher para mulher, sendo que algumas têm maior facilidade e outras ainda precisam aprender como alcança-lo. Portanto é necessário que a mulher tenha pleno conhecimento de seu corpo e de sua genitália, inclusive o clitóris. Hoje há uma especulação sobre pílulas para melhorar o desempenho sexual das mulheres, assim como há pílulas para os homens, mas creio que as questões fisiológicas não são as mais importantes nestes casos. Se levarmos em conta que fazer a ingestão de comprimidos para alcance do orgasmo feminino, em uma mulher já se sente muito pouco à vontade em explorar a sua sexualidade devido a todos os fatores psicológicos, culturais, perda de libido, desavença no casamento e nos relacionamentos amorosos, eu acredito que estas questões são muito mais difíceis de serem tratadas e nestes casos não é uma pílula que irá transformar o sexo em algo mais excitante ou interessante.
 
 
Cabe ao homem um papel importante no orgasmo de sua parceira, ser consciente de que as necessidades femininas são diferentes das dos homens e ser aberto a uma conversa com a companheira sobre suas preferências, pode-se considerar que este é um bom início de caminho a ser percorrido pelos dois. Cabem aos homens também aprenderem sobre o corpo feminino e suas reações sexuais, proporcionando a ela o prazer que ambos almejam. A mulher por sua vez precisa perder o medo de explorar o seu próprio corpo e dividir com o parceiro essa oportunidade, masturbando-se mutuamente, se tocando, se acariciando e não menos importante, ou seja, o mais importante que é se amar. Penso que todas as fantasias sexuais são saudáveis para a mulher e seu parceiro e não existe limite quando os dois se respeitam e se querem. Assista o vídeo abaixo do documentário "Clitóris, prazer proibido."
 

 

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Para que serve um relacionamento?

 
"Uma relação tem que servir para tornar a vida dos dois mais fácil". Vou dar continuidade a esta afirmação porque o assunto é bom e merece ser desenvolvido. Algumas pessoas mantém relações para se sentirem integradas na sociedade, para provarem a si mesmas que são capazes de ser amadas, para evitar a solidão, por dinheiro ou por preguiça.
 
 
Todos fadados à frustração. Uma relação tem que servir para você se sentir 100% à vontade com outra pessoa, à vontade para concordar com ela e discordar dela, para ter sexo sem não-me-toques ou para cair no sono logo após o jantar, pregado.
 
 
Uma relação tem que servir para você ter com quem ir ao cinema de mãos dadas, para ter alguém que instale o som novo enquanto você prepara uma omelete, para ter alguém com quem viajar para um país distante, para ter alguém com quem ficar em silêncio sem que nenhum dos dois se incomode com isso. Uma relação tem que servir para, às vezes, estimular você a se produzir, e, quase sempre, estimular você a ser do jeito que é, de cara lavada e bonita a seu modo. Uma relação tem que servir para um e outro se sentirem amparados nas suas inquietações, para ensinar a confiar, a respeitar as diferenças que há entre as pessoas, e deve servir para fazer os dois se divertirem demais, mesmo em casa, principalmente em casa.
 
 
Uma relação tem que servir para cobrir as despesas um do outro num momento de aperto, e cobrir as dores um do outro num momento de melancolia, e cobrirem o corpo um do outro quando o cobertor cair.
 
 
Uma relação tem que servir para um acompanhar o outro no médico, para um perdoar as fraquezas do outro, para um abrir a garrafa de vinho e para o outro abrir o jogo, e para os dois abrirem-se para o mundo, cientes de que o mundo não se resume aos dois."
 
 
Este texto foi escrito originalmente por Martha Medeiros, jornalista, escritora, aforista e poetisa brasileira.
 

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Mentiras verdadeiras da Casa Branca para justificar a guerra na Síria.


Em 2003 George Bush atacou Bagdá com as falsas acusações de que armas proibidas estavam armazenadas naquele país. Barak Obama repete o script de seu antecessor para um possível ataque à Síria. Dez anos atrás, George W. Bush, o seu secretário de Defesa, Donald Rumsfeld, o vice-presidente Dick Cheney, o secretário de Estado Colin Powell e a conselheira de Segurança Nacional, Condoleezza Rice, afirmaram que o Iraque era governado por uma ditadura e tinha armas de destruição em massa. Depois que 170 mil soldados dos aliados e dos Estados Unidos invadiram o país árabe, onde morreram um milhão de pessoas, incluindo o presidente Saddam Hussein a única verdade que era irrefutável é que não havia tais armas. Eles se utilizaram deste argumento como uma estratégia no sentido de justificar a guerra, mesmo sem o aval das Nações Unidas. Apesar da distância entre os dois fatos, a Síria nunca sofreu uma ocupação semelhante a do Iraque, mas a história parece se repetir.
 
 
Nas últimas semanas, se intensificou a campanha internacional para envenenar a opinião pública e prepará-la para aceitar como invasão "humanitária" contra a nação árabe. O objetivo é derrubar o presidente Bashar Al Assad e subjugar aquele país como foi feito com o Iraque, Afeganistão e Líbia. Hoje, a mesma argumentação é usada sobre as armas de destruição em massa. Supostamente tropas Assad teria usado o gaz sarin contra os oposicionistas que travam uma guerra civil desde março de 2011. A denúncia desses grupos, divulgado pelos governos dos EUA e da Europa, é que o Exército Árabe da Síria teria usado o gaz sarin em 21 de agosto contra a população civil de Ghouta, a leste da capital. A denúncia remete a aproximadamente entre 1300 a 1700 mortos, e aponta como culpado o governo Sírio. O conflito já matou cerca de 100.000 pessoas, segundo fontes da ONU. Entidades estrangeiras vinculadas ao movimento dos chamados "rebeldes" atribuem os mortos o governo de Assad. Mas são documentados casos em que membros do Exército Sírio Livre matam seus prisioneiros e comem o coração de um dos mortos, como registrado em imagens distribuídas na web. No sábado, o governo encontrou armas químicas em um túnel de rebeldes no subúrbio de Damasco Jobar. Seria bom tom verificar quantos eram os mortos de 21 de agosto, se 1.700 ou 355, como diz a imprensa francesa, embora no seu caso, a imprensa francesa teve a honestidade de dizer que ele não poderia dizer quem foi o autor desse ataque. Ou se realmente existiu o ataque em 21 de Agosto?
 
 
O Ministério das Relações Exteriores da Rússia manifesta-se. "Temos cada vez mais evidências de que esse ato criminoso era claramente de natureza provocativa. Em particular, há relatórios que circulam na Internet que mostrar os vídeos do suposto incidente foram postadas várias horas antes da ocorrência do suposto ataque químico. Assim, foi uma ação pré-planejada", disse ele. O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores russo, Aleksander Kulashevich, acrescentou: "os vídeos sugerem uma encenação. As crianças que são mostradas, parecem drogadas, elas não estão acompanhados por seus pais, e não parecem nem mortas nem vivas naquele local. Os meninos aparecem nus, enquanto as meninas estão totalmente vestidas. Não há estrutura de um hospital, mesmo no subsolo, além de telas e quatro bolsas. Interessante é que nenhum dos animais foi atingido pelo gás, nem um único animal. De acordo com a oposição o ataque causou 1.729 mortes." Alguns relatos não fecham em uma lógica razoável. Por algum tempo, o encaminhamento dos confrontos, entre o governo Sírio e grupos de oposição, estava desfavorável ao governo. Mas suas tropas foram reconquistando a maioria das cidades que fora tomadas pelo ELS, caso de Al Quseir, cidade perto da fronteira com o Líbano, onde os militantes do Hezbollah dizem ter colaborado com a conquista. O senso comum diz que presidente sírio não precisava do uso de qualquer arma química, porque eles estavam conseguindo algumas vitórias. Por outro lado, grupos terroristas como ELS e Nusra Frontal, ligada à Al Qaeda tem grande interesse no uso de gás sarin e outras armas químicas. Eles estão perdendo a guerra e propalar a comunidade internacional um fato, verdadeiro ou não, sobre o uso de armas de destruição em massa é lançar a comunidade internacional contra Al Assad e forçaria uma ação militar do governo americano e seus aliados.
 

O presidente dos EUA havia dito meses atrás que o uso dessas armas era uma "tênue linha vermelha" e que não permitiria ser atravessada pelo governo sírio. Isso significa que Al Assad iria usar as armas químicas e fornecer a desculpa perfeita para a intervenção dos EUA e a OTAN? Essa atitude parece-me de um perfeito idiota, e presidente sírio pode ser criticado pela condução política, mas não é nenhum estúpido. E, no caso de os EUA, ele precisa abrir um caminho para Teerã, Pequim e Moscou, em sua longa busca pela hegemonia mundial que foi perdido. Em 2003 a ONU estava lá em Bagdá, Hussein permitiu inspeção no local dos técnicos e dos observadores de armas da ONU, que não encontraram nenhuma evidencia do arsenal proibido. Da mesma forma Al Assad abriu o país aos enviados da ONU para procurarem as armas químicas em Husmearan, mesmo antes do suposto ataque em 21 de agosto. Três dias antes, uma equipe de inspetores da ONU, sob o comando do sueco Ake Sellstrom, chegou a Damasco para investigar o uso de armas químicas. “Ofende a Inteligência das pessoas, acreditar que sob estas condições Al Assad teria usado tais armas contra a população civil, muitos dos quais ainda reconhecem-no como o poder legítimo.” Como o governo pode usar armas químicas, ou qualquer arma de destruição em massa, em uma área onde as tropas estão estacionadas? “Não me parece coerente e lógico”, disse o presidente russo Izvestia.
 
 
O governo sírio concordou com o secretário da ONU, Ban Ki Moon, a entrada na capital da lider do desarmamento, Angela Kane, para levantar as pesquisas Sellstrom. Ministro das Relações Exteriores, Walid al-Moallem e Kane haviam concordado que na segunda-feira estaria em andamento as inspeções em Ghouta. De início foi permitido cinco inspetores a chegarem a esse lugar. Apesar de eles serem recebidos a tiros, mas o que tudo indica os atiradores fazia parte de grupos terroristas, e não do governo sírio, que havia autorizado à inspeção. Que atitude é esta? A ELS não quer saber a verdade? Mas o maior empenho para decretar a intervenção militar na Síria foi da França. François Hollande parece determinado a atacar, mesmo que EUA não o faça. Obama vai atacar Damasco? As possibilidades podem ter aumentado após a uma tremenda campanha de falsas declarações sobre o uso de armas de destruição em massa, a tal ponto que o secretário de Defesa, Chuck Hagel, que estava na Malásia, disse que o Pentágono havia tomado às decisões. Há quatro navios de guerra no Mediterrâneo ao largo do litoral sírio.
 
 
O chefe da Casa Branca mencionou ainda. "Além disso, ainda estamos em guerra no Afeganistão, e também devemos levar isso em conta", disse ele. Era uma maneira de dizer que não há certeza de vencer duas guerras simultaneamente, o que parece relativamente sã, dentro de toda essa loucura. O chefe do Estado-Maior Conjunto Martin Dempsey, é um dos mais reticentes em abrir uma segunda frente de batalha. Militares dos EUA, França, Alemanha, Itália, Canadá, Turquia, Arábia Saudita e Catar vão se reunir em Amã, na Jordânia, para tratar da possível guerra. Israel também estaria no jogo.
 
 
A lista de participantes revela a injustiça da guerra sendo preparada: são potências bélicas, parceiros na OTAN, associados de Washington e do sionismo. Se essa coalizão lançar uma guerra e rapidamente termina-la na Síria, algo que não vai ser nada fácil de alcançar, se prevê que o país árabe irá retroceder décadas, e se tornaria um protetorado americano e base militar do USA, com seus recursos naturais esgotados e sua população massacrada. Diante do abismo eminente o melhor a ser feito é parar a o jogo e realizar a Conferência Internacional em Genebra sobre a Síria, no sentido de buscar uma solução pacífica que irá proteger os habitantes e a soberania daquele país.
 

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

O universo está a venda na sociedade do descarte.

 
 

Com a definição de valor distorcida, a sociedade atual tem como supremo valor a felicidade. Esta concepção de valor impregna todas as áreas do relacionamento humano como família, escola, trabalho, religião e outras tantas. Todas estas instituições, ao se adaptar à sociedade do descarte, prometem aqui e agora a felicidade em momentos sucessivos e contínuos. A observação do fato de que a solidão é um dos fatores que mais aflige a sociedade em geral e esta busca assumir melancolicamente uma harmonia solitária. É possível observar ainda que as relações amorosas entre os seres humanos estão marcadas pelo individualismo que ao permanecer longe fisicamente garante uma pseudo segurança.
 
 
Todo o relacionamento está baseado no consumo, no qual as necessidades de se relacionar esta a disposição na virtualidade de uma conexão, no qual os produtos são de uma volatilidade extrema e a sociedade pode escolher até o seu parceiro ideal. O terror da solidão instiga as pessoas a estarem conectadas as outras e os perigos do desconhecido às forçam ao adiamento dos encontros na vida real. A fisicalidade dos contatos entre as pessoas está acontecendo nas imagens das telas dos computadores, são pulsos elétricos, considerados pelos solitários um contato mais seguro e de pouco risco. O tocar está deixando de existir. O simples ato de encostar as mãos, tocar o rosto compõem uma cena no mínimo estranha. O sentido do tato está minimizado por não oferecer a segurança da distância de uma conexão e serve ainda como uma barreira entre eu e a outra pessoa. A impessoalidade da sociedade está resguardada pela distância dos fatos e a tecnologia é uma redoma de proteção ao desconhecido. O ser humano desenvolveu uma fobia em relação ao seu próximo, reforçada pela tecnologia que formou um conceito pessoal corrompido e nebuloso de não frequentar outros espaços.
 
  
Uma montanha de lixo está sendo produzido neste instante pelo status efêmero dos artigos e sentimentos produzidos por processos de curta duração na sociedade do descarte, que avalia seus membros pela capacidade e procedimentos em relação ao consumo. O ser humano, como “ser” “humano”, empobreceu quando abraçou a ideologia do consumo e passou a consumir a si mesmo e aqueles a quem ama, consumindo e descartando e tornando a consumir o descarte. O frenesi do consumo tornou-se signo de status social, conforto, bem-estar e deleite. A sociedade atual está organizada pelo consumismo, na qual o consumo perdeu seu status banal, mas banalizou a sociedade. O espaço que outrora tinha um significado de “encontro” foi transformado em oportunidade de consumir.


As pessoas se veem diante de tantas possibilidades de consumo, que o sentimento de irritação se faz aparente quando as pessoas, pelo excesso de oportunidades de consumo, precisam estabelecer prioridades. A infelicidade das pessoas está nas excessivas opções de consumo e não da falta delas. Constantemente sendo invadida pelo desconforto e angústia diante do grande volume de objetos a disposição do consumo, as pessoas se oprimem pela insatisfação existente em si. O estar bonito, na moda, andar em sintonia, imediatamente credenciam as pessoas a ser pelo que possuem e não pelo que são como ser humano, o espirito empobrece.  Como a satisfação das necessidades não é o objetivo final, muito pelo contrário, o alvo é o excesso e a intensidade crescente do consumo. A sociedade do descarte produz a necessidade e esta exige novos produtos. A impossibilidade da própria escolha é apresentada de forma disfarçada como o livre exercício da vontade, podendo escolher qualquer objeto de desejo, exceto a própria opção de nada escolher.


O frenesi do consumo tornará um dia impossível a vida na terra devido à intensidade dos descartes e pela distorção dos valores e compreensão do que é necessário, desejado ou prazeroso. Descartar é mais do que jogar fora, é abrir mão também de valores, estilos de vida e relacionamentos. A sociedade do descarte produz montanhas de lixo sendo tudo isso estruturada em uma lógica imediatista de adquirir, colecionar, fazer sentido, depois descartar e substituir. A vida se tornou um espetáculo sempre pronto a satisfazer as necessidades frenéticas de uma pessoa solitária em seus contatos como ser humano.  As ferramentas visuais, auditivas e palatáveis são intensamente utilizadas para estimular o consumo de uma sociedade ambígua que unida pela facilidade tecnológica e a possibilidade de inserção em um mundo dos socialmente aceitos pelo consumo frenético de cores, signos e símbolos. A vida passou a existir essencialmente para o consumo e acabou de transformar as pessoas em mercadorias que são adquiridas, colecionadas até terem sentido e depois são descartadas e substituídas.


Na sociedade do descarte os sentimentos e relacionamentos são vertiginosos e as quantidades de opções provocam um mal-estar de nunca ter a certeza de ter feito a melhor escolha ou pelo menos a mais próxima de sua satisfação. As pessoas, pela sua insatisfação sempre estão correndo atrás de novas sensações agradáveis como as táteis ou olfativas, as delícias do paladar ou ainda na profundidade de seu ser, as sensações mais reconfortantes prometidas por um conselheiro. Apesar de tudo, o descarte é inevitável. A sociedade do descarte é uma sociedade sem culpa, estão prontos a lançarem ao lixo objetos e pessoas que foram utilizadas para uso momentâneo. Tudo na sociedade do descarte é descartável, mas hoje observamos que os velhos e os jovens estão sendo descartados e o protagonista de toda a história é o dinheiro e sua manipulação aumenta o poder daqueles que o controlam.


O descarte dos velhos é por não poder e dos jovens por não saber e ambos não representam um potencial de produção economicamente viável para a sociedade do descarte. Estes grupos são forçados a viver na marginalidade existencial e todo o futuro da sociedade está comprometido, levando em consideração que os velhos possuem o conhecimento e os jovens possuem a força de dar continuidade à humanidade. É preciso rever os nossos conceitos!

domingo, 1 de setembro de 2013

Eu não vou te pedir nada.


Eu não vou te pedir nada. Não vou te cobrar aquilo que você não pode me dar. Mesmo por que, se dá aquilo que se tem e o que se quer dar. Sei que a liberdade é inegociável, mas me seja por corpo e alma… seja-me! Porém, apenas uma coisa eu exijo de você. Quando estiver comigo, seja você como um todo. Corpo e alma! Às vezes, mais alma. Às vezes, mais corpo. Mas, por favor, não me deixe com suas migalhas e não me faça mendigar as suas metades ou pedaços. Não creio em promessas! Eu não me iludo com o futuro, pois conheço bem o passado, eu vivo o presente onde tudo acontece. Não, eu não sou uma mercadoria, sou muito simples para ter preço e muito caro para ser comprado. Você pode perguntar. Se é caro? Quanto custa? Eu devolvo sua questão e aprofundo-a um pouco mais, quanto custa uma vida? Quanto custa uma alma? Você não sabe? Não? Então não sabe qual é o meu preço! Eu não quero saber onde você vive. Desde que você saiba o onde me encontrar. Eu não quero saber quanto você ganha. Quero saber se ganha o dia quando está comigo. Se estar comigo é ganhar o dia! Seja um comigo! Seja um comigo!