Segundo a ONU um milhão de menores sírios foram obrigados a deixar o país. Situação coloca em risco futuro de uma geração, alerta órgão para refugiados. Além disso, mais de sete mil perderam a vida desde o início da guerra. De todos os refugiados da guerra civil na Síria, um milhão são crianças e adolescentes. O número, que inclui 740 mil menores de 11 anos, equivale à metade do total de refugiados do conflito, anunciaram nesta sexta-feira, 23 de agosto, a Unicef - Fundo das Nações Unidas para a Infância e o Acnur - Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados. Ambas as agências alertam que a guerra que já dura 29 meses, tem tido um ônus pesado para a infância do país. "O que está em jogo é nada menos do que a sobrevivência e o bem-estar de uma geração de inocentes, apontou o alto comissário para os refugiados, António Guterres." Os jovens da Síria estão perdendo suas casas, suas famílias e seu futuro. Mesmo depois de terem cruzado uma fronteira em busca de segurança, seguem traumatizados, deprimidos e necessitam de uma razão para ter esperança.".
Como conseguir ser feliz ao lado da desgraça alheia, independente da religião, cor, sexo, raça ou idade? A vida que se desenrola neste milênio é de fato muito interessante, a intolerância e falta de amor, a ganância de obter e gozar os bens desta terra, cega e deixa louco uma parte da sociedade que se comporta como se o mundo estivesse plenamente em paz. Se a teia da vida é agredida, como está sendo agredida as crianças da Síria, como podemos alcançar a felicidade e tranquilidade de viver os nossos dias? Meninos e meninas, desamparados, presos como animais, de barriga vazia, perdidas, tristes sem ter quem os proteja. Com certeza a depressão permeia as crianças esquecidas e humilhadas daquele país. Não há ninguém que esteja atendendo a sua dor e necessidade. A marca de 1 milhão de refugiados infantis na Síria foi alcançada justamente nesta sexta-feira. O diretor executivo do Unicef, Anthony Lake, lembrou que não se trata de um mero número. "É uma criança de verdade, arrancada do lar, talvez até de uma família, defrontando-se com horrores que apenas estamos começando a compreender. Temos todos que compartilhar essa vergonha, pois, enquanto trabalhamos para aliviar o sofrimento dos atingidos por essa crise, a comunidade internacional fracassou em sua responsabilidade com essa criança.". Com essa declaração o diretor executivo da Unicef, Anthony Lake, desabafa.
O mais interessante é que a Síria é um país que está tão longe, será que esse conflito existe mesmo? Eu digo são crianças de verdade, elas apresentam tamanho, peso, cores de negras ou brancas ou ainda amarelas que seja, seus dedinhos delicados, sua inocência naquilo que ainda não compreende, elas estão lá, por toda a parte, desemparadas e tristes, das quais o mundo não se faz digno de tê-las. Poderiam estar correndo, saltando, com as caras sujas, pendurando-se em árvores, com seus cabelo despenteados, não importa. Não, hoje somente tem sua esperança despedaçada, sua disposição está apenas em sobreviver, cansadas e amarguradas.
Muitas não tem mais uma família e não terão natal muito menos e os dias de seus aniversários que no futuro será lembrado pela dor da perda. Todas as manhãs levantam, mas não tem muito o que esperar, apenas veem o sol nascer em mais um dia de tristeza e dor. Como vivermos sem pensar nestes tesouros da humanidade, são como criaturazinhas mágicas, barulhentas, alegres. Elas não tem por quem esperar, por que estão perdidas ou sua família está morta, não correrão ao encontro de alguém gritando: Papai! Mamãe! São os anônimos da sociedade, não tem nomes e são apenas uma face perdida na multidão de esfomeados, expatriados e desamparados. Ah! Se todos soubessem como é doloroso o sentimento de abandono, solidão e insegurança.
Para muitas delas o crepúsculo da existência se aproxima e não há ninguém que delas se lembrem. Se existe alguma esperança, ela está atada a uma corrente de minutos eternos que se arrastam sem misericórdia. Em seus sonhos, sonham com tudo o que as crianças sonham, um jardim e campos que transcendem as cercas dos campos de refugiados, caminhos floridos e alegres, onde braços afetuosos lhes esperam com amor. Malditos! Minha alma brada pelo universo. Malditos! Esqueceram-se das meninas dos olhos do Grande Eterno. Malditos! Novamente brado. Quem será o herói destes pequeninos! Meu coração se entristeceu! Prostrado… apenas digo aqueles que poderiam salva-las e não o fizeram… Malditos! Felizes as que já morreram, este mundo não é digno de tê-las.
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